15 agosto, 2021

UM TEMPO ARDENTE DE AMOR

O trem e o tempo passaram iguais
O tempo

Para mim, você é somente um passatempo

ou melhor

Para mim, é somente você.

Passa tempo!


E o tempo passou mesmo, mas a poesia, escrita no final dos anos 1970, ficou.  Assim como outra, escrita mais ou menos na mesma data. Nessa, me inspirei numa cantiga de roda, que anos atrás ouvia na danças de quadrilha de Festa Junina, que aconteciam no meu bairro, no Loteamento N. Sra. de Lourdes.

Na verdade, na época estava muito envolvido em composições para participação em festivais de música que ocorriam em minha cidade, Barra Mansa-RJ, e os versos abaixo cheguei musicá-los, mas depois desisti da ideia. 

As canções que criava para a letra, achava-as fora do contexto e fiquei indeciso entre uma balada ou um rock brasileiro; e acabou tornando-se um poema, que mais tarde encaminhei a uma namorada. 

Ardentes de Amor

O cravo brigou com a rosa

a rosa chorou demais 

sou cravo, você é a rosa

Nós somos dois sentimentais

O universo de nós dois é o verbo viver

amantes indomáveis, incansáveis de se querer

Numa ânsia louca você fica tão rouca

E eu perco a voz quando ficamos a falar de nós

Sem você eu esqueço o mundo

e a chamo por estrela e esqueço meu nome

separados, nós dois passamos fome

Nossa comida, nossa bebida

são nossas próprias vidas

somos oxigênios de gênios diferentes

Quentes, ardentes de amor


Editado em 17.08.2021 -

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