O trem e o tempo passaram iguais |
Para mim, você é somente um passatempo
ou melhor
Para mim, é somente você.
Passa tempo!
E o tempo passou mesmo, mas a poesia, escrita no final dos anos 1970, ficou. Assim como outra, escrita mais ou menos na mesma data. Nessa, me inspirei numa cantiga de roda, que anos atrás ouvia na danças de quadrilha de Festa Junina, que aconteciam no meu bairro, no Loteamento N. Sra. de Lourdes.
Na verdade, na época estava muito envolvido em composições para participação em festivais de música que ocorriam em minha cidade, Barra Mansa-RJ, e os versos abaixo cheguei musicá-los, mas depois desisti da ideia.
As canções que criava para a letra, achava-as fora do contexto e fiquei indeciso entre uma balada ou um rock brasileiro; e acabou tornando-se um poema, que mais tarde encaminhei a uma namorada.
Ardentes de Amor
O cravo brigou com a rosa
a rosa chorou demais
sou cravo, você é a rosa
Nós somos dois sentimentais
O universo de nós dois é o verbo viver
amantes indomáveis, incansáveis de se querer
Numa ânsia louca você fica tão rouca
E eu perco a voz quando ficamos a falar de nós
Sem você eu esqueço o mundo
e a chamo por estrela e esqueço meu nome
separados, nós dois passamos fome
Nossa comida, nossa bebida
são nossas próprias vidas
somos oxigênios de gênios diferentes
Quentes, ardentes de amor
Editado em 17.08.2021 -
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