A Chanceler Alemã Ângela Merkel no dia da comemoração (Fotografada do noticiário JN da Globo) |
O acontecido, assim como a derrubada do
muro, tomou as manchetes de todos jornais do país e do mundo. Ainda que na Alemanha
separatista a luta pela queda do muro representasse retorno por uma igualdade
entre classes, a bomba que explodiu o monumento destruído, vinha em sentido contrário. Pretendia apagar o simbolo de uma luta com o mesmo objetivo. No monumento,
construído pelo arquiteto Oscar Niemeyer, a frase em uma placa: Um monumento à aqueles que lutam pela Justiça
e pela Igualdade. O monumento foi reconstruído aos mesmos moldes.
O Muro de Berlim, um destaque nos livros
de História, com sua história, já não está mais no local como marca da separação,
só alguns restos, mas as marcas deixadas por ele permanecem ainda na sociedade
alemã, conforme mostrou a reportagem da Globo, no sábado, dia 09/11.
O repórter Rodrigo Alvarez faz versos: "as flores nas rachaduras dos concretos são para
homenagear centenas de mortos e os mais de 75 mil alemães orientais presos pela
ditadura comunista". A chanceler alemã Ângela Merkel falou em seu discurso dos milhares de
judeus mortos na Alemanha, lembrando que ambos são crimes contra a humanidade.
O Memorial 9 de Novembro, em Volta Redonda,
recuperado após a explosão, tinha sido inaugurado em 1º de Maio de 1989, na Praça
Juarez Antunes, na Vila Santa Cecília, em Volta Redonda. A praça fica em frente
a entrada principal da Usina Presidente Vargas.
A Comissão Nacional da Verdade denuncia
várias tentativas para anular o simbolo da greve dos trabalhadores da CSN, com construções e iniciativas que visam esconder o feito de Oscar Niemeyer, um dos mais premiados arquiteto, que morreu aos 104 anos, em 2012.
O arquiteto fez questão de refazer o monumento com as marcas do atentado, para simbolizar a resistência dos trabalhadores. Os três
operários mortos no conflito, Carlos Augusto Barroso, William Fernandes Leite e
Valmir Freitas Monteiro tinham, então, respectivamente, 19, 22 e 27 anos.