A Rede Starbrucks está sendo alvo de uma polêmica nos Estados Unidos. A rede comercial, que possui mais de 8 mil lojas naquele país e 28 mil em todo mundo, manda prender dois homens negros que circulavam pela loja, sem efetivar nenhuma compra, por "um tempo determinado". O fato levanta uma questão "incomoda" sobre a "obrigação de consumir", o que se verifica também no Brasil.
Os shoppings brasileiros oferecem banheiro de graça e outras vantagens em troca da visita do consumidor, mas, por enquanto, tal serviço "ainda não é cobrado". Mas, há redes de lojas no país que exercem a mesma política, como quando o cliente se senta à mesa ou faz uso de serviços, como utilização de banheiro.
Consumidores em um conclomerado de lojas no Grande Rio |
A questão específica da Starbruks coloca em discussão um quesito mencionado na reportagem: o tempo definido para uma pessoa que percorre a loja, pode ser diferente para cada tipo de pessoa ou família que escolhe, se comprar ou não. Recentemente, um programa brasileiro de TV divulgou uma pesquisa com jovens negros e brancos em visita a uma determinada loja. Os primeiros, em alguma situação, nem chegam a ser abordados pelo vendedor e ainda são olhados com certa desconfiança, enquanto os de pele clara, alguns, foram até abordados com "falsa" cortesia.
Nos EUA, a polêmica ocorre justamente com dois cidadãos negros, que aponta um outro viés, dentro do "comprar ou não comprar". Pesquisa de lá, indica: "70% dos americanos nutrem preconceitos implícitos contras os negros, uma realidade chocante, mais cotidiana, para milhões de pessoas".
No que se refere a preconceito social, a realidade não é muito diferente no Brasil, onde, segundo o assunto estatísticas e abismo social, do site da Carta Capital, o mesmo, no país, passa também pelo racismo: "um negro que dirige um carro médio, por exemplo, pode ser parado diversas vezes pela polícia, ou quando vai a um restaurante, avisam a ele que a entrada de serviço é do outro lado..."
Vários twitter's dão conta que o caso de discriminação da Rede Starbrucks não é o primeiro. Mas, as questão vai mais além: sobre a "obrigação de consumir" que está implícita em muitos casos em lojas, bares e similares não somente no Estados Unidos como também no Brasil.
O caso aqui revelado chamou a atenção por causa da prisão, mas há muitos outros casos de assédio e de funcionários e seguranças que inibem a presença de um comprador, em determinados comércios, apenas por sua aparência. E também de espancamentos ou brigas, tudo começado depois de uma investida, às vezes não muito elegante, de funcionários.
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