Em 6 de julho de 1919, o major Eugênio Campagnac, vereador, presidente da Câmara Municipal, assumiu a Prefeitura de Barra Mansa. Foi uma breve passagem, em substituição ao prefeito Ascânio Mesquita Pimentel. Mas, o major não teve seu nome incluso na relação de prefeitos preparada pelos historiadores. O fato é lembrado pelo historiador Alan Carlos Rocha, em seu livro Três Caminhos, com o título “Prefeito Esquecido”. Casos, como este, estão registrados nos anais da História do município.
Alan conta também detalhes da posse do 1° e 2° prefeito de Barra Mansa: respectivamente, João Luiz Ferreira e Emydio José Ribeiro, ambos nomeados, e governantes da cidade por apenas 1 ano. O engenheiro João Luiz tomou posse em 14 de abril de 1914. Na ocasião, o prefeito foi saudado por Luiz Ponce, Orosimbo Ribeiro, Luiz Henrique Braune e o Coronel José Caetano Alves de Oliveira. Luiz Ponce convidou o prefeito nomeado e sua comitiva para um coquetel em “sua residência”*, no Hotel Careca, no centro da cidade.
O historiador menciona a posse do segundo, Emydio José, como não muito tranquila. A comitiva do prefeito chegou à cidade no trem noturno e no dia seguinte, dia da posse, 14 de Janeiro de 1915, encontrou o edifício da Prefeitura trancado. O vice-presidente da Câmara, Coronel Jeremias Teixeira de Mendonça e o porteiro Teófilo da Cruz, encarregados da abertura do local, não compareceram.
A porta foi arrombada, porém no interior do prédio tudo estava trancado, inclusive livros de caixa e financeiros, arquivos e chave do cofre com os valores para a transição do cargo, não foram encontrado. Um Auto foi lavrado na Delegacia. Depois de tudo resolvido o prefeito Emydio José entrou na Prefeitura ovacionado pela multidão ao som da sociedade musical Santa Cecília.
Texto Mauro Cesar - Livro Três Caminhos - Publicação Grebal (Grêmio Barramansense de Letras) - 1ª Edição 2009 - Nova Gráfica e Editora - Volta Redonda -
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