O epidemiologista Luiz Loures, nomeado em dezembro
último vice-diretor-geral do Programa de Aids da Nações Unidas, em entrevista ao
jornal O Globo, disse que em 15 anos
o Brasil vai poder comemorar o fim da epidemia da Aids, que assola o mundo. O
país é o que está mais perto deste objetivo, por ter começado mais cedo o
tratamento da população. Loures lembrou que a doença vai continuar a existir,
mas não de forma epidêmica.
A iniciativa principal, segundo Loures, foi a alteração
do protocolo para recebimento do coquetel e o envolvimento de mais pessoas no
tratamento, que vem se expandindo no país.
Com isso, as taxas de transmissão da doença vêm caindo. Mantendo as
políticas de ações, o Brasil terá condições de, na frente de outras nações,
garantir que tem a doença sob controle.
- O mais importante é que hoje se sabe que a pessoa
que se trata, não transmite a doença. Por isso, o tratamento é uma questão,
além de humanitária, prioritária – disse Loures. Conforme a reportagem, na
visão de especialistas, cerca de 130 mil brasileiros não sabe que estão infectados.
Segundo ele, o objetivo é colocar pelo menos 7 milhões de pessoas em tratamento
o mais rápido possível.
O médico mineiro Luiz Loures é um dos pioneiros no
tratamento da doença no país. Ao ser nomeado para o cargo, se tornou também
secretário-geral assistente, com ligação direta ao secretário-geral da ONU, Ban
Ki Moon. Loures finalizou a entrevista dizendo que para se chegar ao fim da
epidemia é necessário ir além da Ciência, num debate político de prioridade
social.
- Eu acho que a batalha final é em relação às populações
mais vulneráveis, esse é o principal desafio – concluiu.
Com base em reportagem de Roberta Jansen de O Globo –
Edição de 23.12.12
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