Vale à pena conhecer esta história, tendo tão perto uma violência sem explicação em escola pública no Rio de Janeiro. Hoje uma idosa de 77 anos, Maryléne Schultz é uma francesa que chegou à Palestina, há 41 anos, para cuidar de crianças órfãs. O nome da instituição é “The Four Homes of Mercy”, pois é separada em 4 casas – duas para meninos e meninas, e outras duas para crianças “handicapped” ou excepcionais.
Criada na década de 40 – época da criação do Estado de Israel – quando um casal de crianças foi dado à fundadora por uma vizinha viúva que, logo depois, morreu de câncer, rapidamente a instituição cresceu, sendo mantida pelo trabalho voluntário de árabes e europeus.
As casas de acolhimento, onde se alojam, atualmente, cerca de 90 crianças e adolescentes, fica no lugar chamado em árabe de “al-Azariye” (povo de Lázaro), uma vila em Bethânia, território palestino. No local, Maryléne Schultz trabalhou por muitos anos, isto porque está aposentada não sendo mais responsável pela instituição, mas sem mantém por perto.
Morando em uma casa bem simples e pequena, aos 77 anos, ela ainda se preocupa com os “filhos” (forma como trata a todos), inclusive crianças e jovens da vizinhança. Com isso, ensinou-lhes a jogar xadrez. “Com essa atividade, as crianças não ficam pelas ruas ou vendo televisão, meios que contribuem para que elas tenham preguiça de pensar”, afirmou Maryléne.
Quer um futuro melhor para as pessoas
Sem nunca negar o cristianismo e por causa da cultura árabe muito rígida, ela procurou educar as crianças em suas tradições, a maioria muçulmana. Mesmo porque, muitas delas, apesar de órfãs, tinham parentes nas vilas palestinas. Pensando no futuro da criança: trabalhar, casar e ser aceita novamente na comunidade original, Maryléne sempre procurou manter sua identidade cultural. Além de saber árabe, a francesa aprendeu, também, sobre as festas e tradições muçulmanas.
hoje está aposentada |
“Tenho filhos em vários países do mundo, também tenho 60 netos e faço, eu mesma, ‘presentinhos’ para eles, como joguinhos de palavras para que aprendam inglês”.
Sobre o futuro da “The Four Homes of Mercy”, a celibatária luterana diz “Nunca me preocupei com isso, porque o Evangelho nos ensina a não nos preocuparmos com o dia de amanhã. Foi assim que sempre vivi e não faço idéia do que vai acontecer no futuro, mas sempre faço o melhor que posso, no presente, para que o futuro das pessoas seja o melhor possível”.
Foto e Texto adaptado do blog Canção Nova na Terra Santa
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